Semear Amor no Mundo
Sim, lá estava ela —
no meio de um trigal dourado,
com as mãos calejadas pela vida,
colhendo grãos escolhidos a dedo.
Com olhar amoroso e voz mansa,
ofereceu-me o amor na forma de pequenos grãos.
Inconsciente,
subestimei o gesto,
sem perceber a força
do que ela me entregava.
As sementes, silenciosas,
não tinham pressa.
Mas o amor...
ah, ele estava lá, latente,
aguardando por mim, como a terra espera pela chuva...
Ela, insistente, disse:
— Filha, estas sementes são suas.
Semeie-as!
E eu, cega,
não vi que o plantio
já havia começado.
Maria Aparecida Giacomini D'Oro
P.S. Esta prosa poética é fruto de memórias da minha infância e também de um sonho que eu tive a tempos atrás: minha mãe me entregando as sementes que ora cultivo com amor.
Coletivo MEMORIAL Recantista em prol da Inclusão
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