Paz não é a ausência de ruídos externos, e sim de ruídos internos.

Frente às vicissitudes da vida não conseguimos experimentar paz porque nos sentimos impossibilitados de colocar nossa atenção no fato; na realidade das coisas.

Ao focarmos no fato é bem provável que fiquemos em paz, pois esse agir nos dá a oportunidade de entendermos/compreendermos que o acontecimento em si não oferece meios para voltarmos atrás, anulando sua concretude. O fato - diferente das histórias que contamos a nós mesmos e aos outros - é o que é, queiramos ou não.

Ao contrário, aquele que se fixa nas histórias a respeito do que aconteceu se distancia do fato e perde a paz. Perde a paz porque fica preso nas narrativas que sua mente cria e nutre sobre o ocorrido, na resistência ao que aconteceu, no sentimento de culpa, etc. O sofrimento nasce dessa dinâmica, ou seja, o sofrimento nada mais é que uma construção psicológica daquele que experimenta a dor real e intransferível desencadeada por acontecimentos traumáticos.

É sempre importante e oportuno observarmos com atenção o conteúdo dos nossos "dialogos internos" diante dos fatos, considerando o essencial: dor inevitável, sofrimento opcional!

Maria Aparecida Giacomini Dóro

Escritores do Recanto das Letras que deixaram saudade (*)

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Que vivam na Paz, na Luz, na nossa memória afetiva e literária.

Visitem seus textos, amigos.

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Kathleen Lessa (in memoriam) e Coletivo MEMORIAL Recantista em prol da Inclusão.

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