O emergir do feminino profundo
De geração em geração, vaguei
Por mundos alheios aos olhos que veem,
Distantes dos corações que sentem
Na esperança de encontrar
Em alguma aresta do tempo
O alívio, a cura para minhas feridas
De geração em geração, busquei
Incontáveis caminhos
A fim de dar vazão à dor,
À tristeza que de mim se apossou
Em tempos que eu não sei precisar
Não os encontrei!
Enfim, o sol voltou... Agora sei
Essa dor, essa tristeza
Não era minha, estava em mim
Eu a sentia emergir e imergir
Sem jamais saber do rio que a verteu
Ou do oceano que, hoje, a acolhe...
A cura do feminino ferido é uma longa jornada feita de pequenos passos. Passos atemporais e de muita coragem para mergulhar nas próprias trevas interiores com amor, confiança e entrega.