"Separe o que você misturou." Sem dúvida, um dos mais completos ensinamentos, envolvendo a observação de posturas crítico-julgadoras que – como filhos – apresentamos perante pai e mãe, portais para a vida. É também um importante sinalizador que nos faz perceber e corrigir excessos praticados nas dinâmicas relacionais cotidianas.
O óleo e o vinagre não se misturam, porém são indispensáveis para o tempero de certas iguarias feitas com hortaliças... Analogicamente, nós também precisamos separar o “homem” do pai/a “mulher” da mãe que nos gerou. Na qualidade de cocriadores, pai e mãe foram perfeitos, permitindo que a vida chegasse até nós. No entanto, como homem e mulher, eles não deixam de ser pessoas normais; pessoas com histórias de vida difíceis, comportamentos inadequados e questões emocionais passíveis de ajustes, levando-os a cometer falhas no cuidado e educação dos filhos em tenra idade.
Como adultos, conseguiremos superar conflitos possivelmente oriundos de traumas infantis familiares e construir uma relação saudável com os nossos pais, se nos colocarmos no lugar de filhos. É desse lugar que obtemos a força necessária para nos desenvolver e prosperar, posicionando-nos com firmeza e assertividade no mundo.