Uma das minhas paixões é encontrar e extrair lições ocultas na simplicidade das coisas, estabelecendo pontes entre elas e a experiência de vivermos o momento a cada novo passo firmado no solo da existência.
Hoje, deparei-me com uma chave perdida; corroída pela ação do tempo. Chave que em tempos idos muito girou, abrindo e fechando portas... Portas? Quem por elas entrava e saía? Que bagagens carregava na alma?
Devaneando, olho para chave em minhas mãos e mergulho na sua natureza: o ferro. Concluo: nada tem a força e o poder de destruí-lo, exceto sua própria ferrugem... Assim também, nada e ninguém tem a força e o poder de machucar quem verdadeiramente somos. Porém, nossos pensamentos e ações impactados negativamente podem enfraquecer e até mesmo aniquilar as identidades que – com tanto esforço – construímos e vestimos para nos relacionar no mundo.