Nada que se possa dizer ou fazer anulará retalhos do tempo embebidos em dor e saudade...
Silêncio, palavras, notas da vida não preenchem o profundo vazio experimentado frente à morte física de quem amamos e que – pelos sublimes elos do Amor Maior – ocupa lugar cativo em nossos corações.
No entanto, conforta-nos saber: esse mesmo vácuo – com o passar das horas amargas – abrirá clareira para significativas travessias esboçadas nas pautas do nosso viver. Então, despertos, perceberemos que ontem fomos nascente; hoje, rio caudaloso rumo ao Grande Oceano; amanhã... Ah, amanhã o reencontro atemporal e definitivo onde a dor não tem mais domínio.