Outono,
Chego a tempo de me despedir de ti, após vagar por mundos alheios aos olhos que veem, distantes dos corações que sentem.
Errante, busquei incontáveis atalhos com o propósito de dar vazão à tristeza que se apossou de mim em tempos que eu não sei precisar... Não os encontrei. No entanto, agora sei: essa tristeza não é minha, está em mim. Eu a vejo emergir e imergir incessantemente, porém ainda não posso alcançar o rio que a verte nem o oceano que um dia a acolherá...
Tristeza, bem sabes que a solitude me é companhia nos pálidos dias de sol apagado e brisa fria. Então, não roubes de mim este momento...