Aqui - isolada entre as paredes da solidão - contemplo-te, minha estação primeira. Bem sabes que sou como tu: harmonia e melancolia em equilíbrio.
Tuas folhas se despedem dos galhos e reverenciam a terra que as nutriu. Ansiando por Unidade, desapegam-se das vestes esperança para se revestirem do ocre e tombarem em solo acolhedor.
Eu também me despeço do passado e reverencio os sonhos desfeitos, os amores não vividos, os poemas não escritos, as histórias assumidas em outros tempos de outras peles e corações distintos...
Como tuas folhas, ansiando por Unidade, em ti adormeço...