Vivificando a família
Quando jogamos uma minúscula pedra no centro de um lago de águas mansas, ondas circulares se formam e paulatinamente vão tomando conta de toda a superfície até atingirem as margens.
Assim como a pedra provoca alterações na superfície do lago, também a instituição familiar influi nas estruturas sociais ulteriores.
A família é a base da sociedade. Se os seus alicerces estiverem abalados, certamente efeitos desastrosos estender-se-ão numa escala maior, provocando uma reação em cadeia que afetará a sociedade em todos os seus níveis.
Acredito que essa gigantesca onda de violência, destruição e pânico que inunda o coração da humanidade neste início de milênio está enraizada no egoísmo e na competição. A meu ver, ela também foi alimentada pela paranóia de liberdade irresponsável e violência exibidas pelos meios de comunicação (que hoje, mais do que nunca, têm o poder de influenciar diretamente a estrutura familiar).
Precisamos vivificar a família, pois é através dela que os valores perenes deverão ser repassados às futuras gerações. O maior legado que podemos deixar aos nossos filhos é a herança de uma boa educação familiar, alicerçada na fé, no amor e na paz.
Um famoso pintor, convencido de que ainda lhe faltava pintar a sua obra-prima, saiu em busca da coisa mais bela do mundo para retratá-la numa magnífica tela. No caminho encontrou um monge e perguntou-lhe:
─ Qual é a coisa mais bela do mundo?
─ A fé, sem dúvida nenhuma — respondeu o monge.
Prosseguindo sua viagem, logo o pintor encontrou uma noiva. Fez-lhe a mesma pergunta.
─ O amor é a coisa mais bela do mundo — respondeu a jovem.
Em seu caminho, ele ainda encontrou um exausto soldado. Também consultou sua opinião sobre a coisa mais bela do mundo.
─ A paz é a coisa mais bela do mundo. Onde você encontrar a paz fique certo de que aí encontrou a maior beleza.
─ Fé, amor e paz... Como poderei pintá-las? - perguntou-se o artista, que, desanimado, seguiu o rumo de casa. Ao entrar em sua própria morada, deparou-se com a coisa mais bela do mundo: nos olhos dos filhos estava a fé, no sorriso da esposa brilhava o amor, no seu lar reinava a paz.
Na manhã seguinte, foi para o atelier e lá pintou a coisa mais bela do mundo. Concluída a obra, chamou-a de Meu lar.
Israel Júlio (marido e pai exemplar), Patrícia, Júlio Henrique, Juliana Heloísa e Cláudio Ricardo (nossos tesouros).
A vocês, meu amor, minha vida, minha eterna gratidão.
Maria Aparecida