A escuridão dominava intermináveis noites suspensas nas amarras do tempo; tempo que eu desejava ardentemente não ter...
Chovia lá fora! Aqui, desespero e lágrimas... Lágrimas sem sentido? Para alguns, sim. Para mim, lucidez e loucura diluídas nas amarguras da vida. Afinal, eu só queria voltar para casa... Acabar com esta dor implacável.
Vencida por monstros internos, debrucei-me no chão frio do meu quarto – refúgio certo para as minhas horas incertas... Calaram-se as vozes, cessaram os ruídos... Adormeci!
Novo dia! Ao alcance das mãos, um livro. Silêncio, sabedoria... Palavras com vida própria: poesia! E o rasgo da liberdade se fez: viver e ser feliz é tudo!